sexta-feira, 23 de novembro de 2007

As donas da bola!

O preconceito em ralação a mulher sempre existiu, pelo das famílias ocidentais serem patriarcais, onde o homem trata de trazer o sustento para a casa e a mulher fica em casa cuidando dos filhos e esperando o marido. O tempo do patriarcalismo acabou, hoje as mulheres jogam até futebol, que até então era um esporte dominado pelos homens.

Os campos sempre foram dominados pelo homem, agora as mulheres, consideradas frágeis estão tomando o poder sobre eles. Na ultima Copa do Mundo de 2007 de futebol feminino, a seleção brasileira conseguiu ser vice-campeã, provando que não são apenas os brasileiros bons de bola e sim as brasileiras também.

A Federação Internacional de Futebol (FIFA) reconheceu a jogadora brasileira Marta, como a melhor jogadora de futebol em 2006, um fato inédito para o Brasil. Esta é a prova que em todos os aspectos relacionado ao futebol, esse país sai ganhando, seja no feminino ou no masculino.

Mesmo com pouco apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ainda enfrentando o preconceito e as dificuldades financeiras, as meninas do Brasil continuam na luta e seguem em busca de mais títulos, a medida que o tempo passa elas quebram o estigma existente no esporte mais importante para os brasileiros.

Do subúrbio para a classe média

Seis hora da tarde. Com uma calça colada, camisa justa e corpo escultural ele sai de casa para mais um dia de trabalho. Outra vez, a noite servirá como o ganha pão para um trabalhador brasileiro. Com poucas oportunidades de emprego,vários homens estão deixando procurar trabalhos "normais" e estão conquistando a indepêndencia de uma maneira não muito convencional.

Restrita quase que exclusivamente no passado as mulheres, a prostituição hoje vem ganhando mais adeptos. Antes se dizia que a falta de oportunidade e a necessidade de colocar comida dentro de casa eram os principais motivos para que as pessoas vendessem seu corpo em troca de dinheiro. Mas a situação mudou.

Hoje, muito dos garotos de programas não bucam apenas a sobrevivência, mas sim uma vida cheia de prazeres. Academia, faculdade particulares e compras frequentes, esses são alguns dos hábitos dos "michês", que deixaram de frequentar lugares restritos a classe e andam como cidadãos normais.

A praia é um lugar onde você pode encotra-los com frequência. Muitas vezes eles estão lá, nos dias em que a praia "bomba", como pessoas comuns. Tomando sua cervejinha, jogando dominó e tomando seu banho de sol.

Até o local onde moram mudou. Eles migaram do subúrbio das grandes para os bairros de classe média. Residindo em bons prédios e até em flats, reduto de pessoas bem resolvidas economicamente.

Muitas vezes discriminado por boa parte da sociedade. Hoje eles estão em todos os lugares. Por isso antes de falar mal deles, cuidado, você pode ser amigo de um.

Maria da Penha: Lei e mulher

A Lei Maria da Penha, sancionada no dia 7 de agosto de 2006, foi criada para combater, previnir e coibir a violência doméstica contra mulher.
Promoveu mudanças no código penal brasileiro ao garantir o aumento do rigor nas punições aos agressores.
A Lei possibilita que os agressores tenham prisão preventiva decretada, e não mais poderão ser punidos com penas alternativas, além do tempo de detenção previsto ter aumentado de um para três anos.
A legislação prevê ainda medidas que obrigam o agressor a sair do domicílio e proíbe a sua aproximação da mulher agredida e dos filhos.
O nome da Lei foi dado em homenagem à mulher símbolo dessa luta. A Biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia, hoje com 61 anos, após agüentar seis anos de violência, sofreu dois atentados à vida pelo ex-marido Marco Antonio Herredia Viveiros.
O primeiro, foi enquanto ela dormia, levou um tiro que a deixou paraplégica. O segundo, duas semanas após regressar do hospital, uma tentativa de eletrocução e afogamento, quando ela se banhava.
Aos 38 anos anos, com sequelas permanentes e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade, Maria da Penha foi a luta por justiça.
Marco Antonio Herredia Viveiros foi condenado pelos tribunais locais em dois julgamentos em 1991 e 1996, mas o processo não foi finalizado devido às apelações contra as decisões do tribunal.
Em 1988, o Centro para a Justiça e o Direito Internacional, CEJIL, e o Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher, CLADEM, junto com Maria da Penha, enviaram o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, OEA, por não conseguirem uma decisão definitiva e justa ao processo.
Em 2001, 18 anos depois do crime, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos responsabilizou o Estado brasileiro por negligência e omissão em relação à violência doméstica e recomendou várias medidas para o enfrentamento da violência contra a mulher.
Após pressões internacionais para o seguimento do caso, 19 anos depois das tentativas de assassinato, Marco Antonio Herredia Viveiros foi preso, mas só cumpriu dois anos de prisão e hoje está em liberdade.
Maria da Penha é, atualmente, ativista de movimentos sociais contra violência e impunidade e coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência, APAVV, no Ceará

Para ler a Lei Maria da Penha na íntegra, acessar:
Http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm

Homens e Mulheres: quando há violência de gênero.

A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, vítima de violência de gênero. Em Pernambuco, os dados são os mais alarmantes. Há uma média anual de sete mil queixas, entre lesões corporais e estupros. Estima-se que 319 mulheres foram assassinadas só neste ano.
É caracterizado violência de gênero, qualquer conduta de coerção ou agressão ocasionada pelo fato da vítima ser mulher e que cause danos físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico. A maioria dos casos acontece dentro de casa, e os crimes são praticados pelos próprios companheiros, maridos e namorados.
Entre as principais causas está o ciúme, tendo como fatores agravantes a bebida e as drogas ilegais, que muitas vezes potencializam a agressividade pré-existente e contribuem para o descontrole.
O fato da violência contra mulher se esconder nos ambientes privados das residências leva a não resolução do problema, uma vez que mais da metade das vítimas não denunciam os crimes, sofrem caladas e não procuram ajuda.
Vergonha, medo, dependência emocional ou financeira dos companheiros são as principais causas do silêncio, fazendo com que a mulher entre em um ciclo vicioso de agressão.
Primeiro vêm as brigas mais fervorosas e as ameaças, depois estas são concretizadas e a violência física acontece. Em seguida, ocorre a fase da reconciliação, quando o agressor pede perdão, agrada a mulher com carinho e presentes e promete que nunca mais vai acontecer.
Depois da repetição por anos desse ciclo, ele finge que engana e ela finge que acredita. Mas muitas vezes essa situação termina em tragédia. "o drama do cotidiano da violência já é por si só uma violação da integridade física e psíquica da mulher, podendo além disso resultar em morte desta mulher, de seus filhos e familiares". Diz a psicóloga e coordenadora do programa de atendimento a mulheres vítimas de violência, Clara Goldman.
Não é raro casos de mulheres que toleram essa situação por anos, sentindo-se desamparadas e impotentes para transformar suas realidades, mas o que muitas delas não sabem é que não estarão sozinhas caso decidam denunciar os agressores e procurar ajuda. Segundo Clara Goldman, "a Prefeitura do Recife, através da coordenação da mulher e da Secretaria de Saúde, desenvolvem ações articuladas com outros órgãos para garantir a proteção, os cuidados físicos e psicológicos para a vítima orientando sobre como denunciar o agressor. As punições têm respaldo na atual lei Maria da Penha, que representa um avanço no combate à violência contra mulher"

Homens como clientes de salões de beleza

Em meio a crises financeiras, salões de beleza, sem medo da concorrência, abrem as portas um na frente do outro. O Centro de Moda e Beleza do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Pernambuco não tem vaga suficiente para os cursos ligados a estética, tais como manicure, pedicure, cabeleireira e depiladora, centenas de profissionais são colocados na rua anualmente e muitos têm trabalho garantido.

Mas o que é de se admirar nesta realidade são os clientes. Foi- se o tempo em que vaidade é coisa de mulher ou de galã de TV, não é muito difícil ver homens fazendo as unhas, alisando os cabelos e até mesmo depilando o corpo, vale ressaltar que boa parte já utilizam as ceras depilatórias. Há alguns dias atrás em um casamento e uma mulher dizia que o marido demorava muito para se arrumar e que vez por outra o encontrava usando os cremes dela. Estes são os homens do século XXI, sem preconceitos e medo de piadinhas.

Por que motivo os homens também não poderiam ter amor próprio? Nenhum. Apenas um pensamento machista não conseguiria entender que boa parte das vezes o cuidado com o corpo esta ligado a higiene, sem falar que os homens precisam ser desejados e admirados. Os profissionais não perdem tempo e já abriram espaços com um grupo de profissionais seleto - e feminino!

Por fim: Cuidem-se todos, independente se são homens ou mulheres o fundamental é se sentir bem. O amor próprio ajuda a enfrentar a batalha diária.

A inversão de papéis entre homens e mulheres dentro da família

“Se um homem não tem ocupação ou se vive às custas da mulher, a inversão de papéis é uma receita para o insucesso”

A autora da frase acima é Zhou Ting, uma empresária reconhecida na China por suas atitudes liberais demais para uma mulher inserida em um contexto machista. Ela a citou em entrevista com a jornalista Xinran, apresentadora do programa de rádio Palavras na Brisa Noturna. Na época Xinran estava se dedicando a compreender como era a condição feminina na China moderna.

A contemporaneidade dos tempos tem feito homens e mulheres se recolocarem em relação a papéis ditados por culturas que oprimem e criam barreiras impedindo a igualdade de direitos e deveres entre o dois sexos.

A esposa hoje dá a luz e o marido em alguns casos, fica com o filho em casa para que a mulher possa trabalhar. Fatos assim são comuns, e não tem sido motivo de opressão masculina. Pelo contrário, muitos homens não sentem vergonha ao assumir uma casa e as responsabilidades que cabem a ela. Muito menos vêem como sinônimo a falta de sucesso, no que se trata do lado profissional, principalmente, pois muitas profissões podem ser executadas no seio do lar e o avanço digital contribui para isso.

Ainda assim, muitas mulheres têm se visto em situações em que seus companheiros, não dão a elas a oportunidade de conquistar espaço no mercado de trabalho e adquirir autonomia e liberdade dentro de suas próprias casas. Ao contrário disso, elas ficam presas aos filhos e a criação de se deve a eles.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Mulheres estão deixando de pilotar fogão

Há muito tempo a mulher vem tentando conquistar seu espaço no mercado de trabalho, que era praticamente tomado pelo homem. Hoje profissões consideradas masculinas têm como característica a presença de muitas mulheres, essa mudança se deve muitas vezes pela necessidade de obter uma renda a mais para sustentar a família.

Um dos casos mais comuns de enfretamento entre os sexos é na profissão de motorista e cobrador de ônibus, esta é uma das funções tomada pelos homens e agora tem uma grande participação das mulheres no comando desses veículos grandes.

Cargos público como prefeito e deputado, é comum se encontrar mulheres, pois esta substituição tem sido uma constante nas urnas brasileiras. Olinda é uma cidade da região metropolitana do Recife e tem no comando uma mulher, Luciana Santos é a prefeita, antes dela havia outra mulher, Jacilda Urquiza.

Existem casos que a mulher sustenta uma família, com a alta do desemprego as antigas funções tradicionais da são invertidos, enquanto a mulher sai para trabalhar o homem fica em casa cuidando dos filhos, como é o caso de Cícera da Silva, empregada doméstica e trabalha para sustentar os dois filhos e o marido. "Tem que se virar do jeito que dá, meu marido sem emprego, tinha que arrumar um sustento de algum lugar", diz Cícera, lamentando os quatros que o marido não consegue um emprego fixo.

É fato que a cada dia que passa a mulher vem sendo ainda mais valorizada, mesmo com a diferença de salário em algumas profissões. Mesmo assim, ela já conseguiu consolidar sua capacidade e provar aos homens que são capazes de fazer qualquer coisa, até jogar futebol.

Até que a morte os separe....

Há quem diga que casamento nos tempos de hoje é passageiro, que a juventude está banalizando o amor, que a convivência entre homem e mulher está cada vez mais difícil, será? Não se pode deixar de lado o fato de que a liberdade de pensamento e a independência financeira conquistada pelas mulheres, ampliou as escolhas femininas e possibilitou as decisões em relação ao divórcio, pois alguns anos atrás muitas pessoas tinham medo da separação devido a falta de dinheiro e com medo de ser difamadas. Com isso se submetiam a continuar uma união forçada e desagradável.

Mesmo com o aumento das separações ainda existem pessoas que acreditam no amor verdadeiro e pleno. "Namorei oito anos e agora me casei. Não consigo nem sonhar em divórcio. Para mim casamento é para sempre", diz a administradora de empresas Juliane Formigoni. O casal está recém casado e é jovem, desmistificando a teoria de que a juventude só quer saber de ficar.

Uma relação que já dura 54 anos e que é regada de muito amor e companheirismo, é a realidade de Mário e Maria. O aposentado Mário Fernandes de Carvalho é o marido exemplar. "Temos uma idade avançada, tenho 87 anos e minha esposa tem 84 anos, nesta fase é preciso ter muito cuidado. Não deixo ela sair só e quando ela fica doente, eu cuido da casa", explica, e brinca dizendo que a companheira também não o deixa sair só porque têm ciúmes de seus grandes olhos azuis.

A aposentada Maria Arruda De Carvalho ressalta que o que falta nos dias de hoje é paciência. "Antigamente a gente respeitava mais o outro. Sabíamos conviver com as diferenças dos sexos e tínhamos muita calma, não vivíamos neste estresse constante do mundo atual". Durando ou não, o importante é acreditar na relação e aproveitar o momento.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Amizade sem preconceito

Homem amigo de mulher é cabeleireiro? Para muitos esta frase é tida como lema de vida, mas para outros não passa de uma falácia. Entre vários fatores para o aumento da amizade entre pessoas de sexos diferentes, um que se destaca é a criação de colégios mistos, local onde desde criança, meninos e meninas aprendem a conviver com as diferenças.

Lugares como bares, restaurantes, cinema, que antes eram sinônimo de paquera, são hoje pontos de encontro entre homens e mulheres que buscam diversão sem segundas intenções. É comum encontrar amigos assistindo a um filme sem que o encontro termine em um motel.

Segundo o dramaturgo, escritor e poeta irlandês, Oscar Wilde, entre "homens e mulheres não há nenhuma amizade possível. Há paixão, inimizade, adoração, amor, mas nenhuma amizade". Esse tipo de pensamento surgiu a partir de normas pregadas pelas sociedades antigas onde o romance era a única possibilidade de relacionamento entre o sexo masculino e feminino.

Para a psicóloga psicoterapeuta Maria Clara S. Heise, "vem do meio social a questão para o desafio: lidar com o questionamento dos outros! Muitas pessoas não acreditam na possibilidade da amizade entre homem e mulher ser real". Várias pessoas se incomodam com a opinião dos outros, acreditando no que eles pensam e falam, chegando a colocar em dúvida a amizade antes tida como inquestionável.